Labaça
O prado está inçado de R. obtusifolius.
- É que desde que trougemos, palha de Castilha, todo se encheu de labaças, a semente vinha aí, na palha que era bem ruim.
- Vinha, vinha - reafirma a sua mulher.
- Como?- pergunto eu.
- Si, a semente foi depois no purim e no esterco para os prados, e agora nom hai maneira de matá-la, estendeu-se de tal jeito que nada.
- Ahá.
- É que em Castilha tenhem moita, tivo que vir dalá. Naçom que a deu!
Nem sempre o mau vem de fora, e as labaças medram e medram pois o excesso de Nitrogénio da terra, cada vez maior, lhes ajuda.
E é que apertam e nós apertamos, mais, mais...
A labaça, lampaça, rabaça, azeda, azedeira, carves, chaça, carvei, salgada ...
Os brasileiros chamam-lhe língua de vaca.
Carvei!
As folhas do carvei, depois da guerra que nom havia tabaco, secavam-se e fumavam-se.
Alô, tempo atrás carvei tamém lhe chamavam às sementes da alcaravea (Carum carvi).
Seriam as sementes doutra azeda, a R. acetosella, da que se come o chupom, o gromo?
Sempre aí o começo por "car" de tantas plantinhas nobres, um enigma.
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2 comentários:
Este dialogo foi extraido de algum livro ou é apenas de divulgação oral !?
Gostei do que li no seu blog. Continue.
Picoes, o diálogo foi tal qual assi falado.
Grato.
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